O último combatente de Campinas (SP) da Revolução Constitucionalista de 1932 morreu aos 104 anos na noite de quarta-feira (26). Natalino Antonio Augusto (Pai da Eliana Augusto Manzolli, diretora de música da Igreja Central de Campinas) estava internado no hospital Centro Médico, no distrito de Barão Geraldo, e teve falência múltipla de órgãos. Segundo o presidente da Sociedade Veteranos de 32 MMDC Campinas, tenente Rafael Cambuí, Natalino Augusto atuou na linha de frente de combate na batalha e até os últimos anos de vida foi bastante ativo nas homenagens aos veteranos de 1932.

Ele foi condecorado com três medalhas da MMDC e a última homenagem que recebeu foi a medalha Guilherme Almeida, na Câmara Municipal de Campinas, em julho de 2012. Em 2013, ele também esteve presente na cerimônia realizada em frente ao mausoléu do Cemitério da Saudade em 9 de julho, dia que marca o início da revolução. “Mesmo debilitado, em alguns momentos ele chegou a ficar de pé durante o Hino Nacional”, relembra o tenente Cambuí.

Monumento
O Cemitério da Saudade também possui um monumento em homenagem aos veternanos, bem tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). Campinas abriga outras gremiações e acervos que guardam a memória do conflito armado capitaneado por paulistas com suas forças civis e públicas em defesa da Constituição brasileira frente à continuidade do governo provisório de Getúlio Vargas, instituído por força militar em 1930, entre eles a Sociedade Veteranos de 32 MMDC Campinas, o Clube dos Veteranos (1974), o Museu 9 de Julho e o acervo da Revolução de 1932 guardado pelo 8º Batalhão da Policia Militar de Campinas.

Revolução
A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história. No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 – sendo os últimos dois dias depois da rendição paulista). (fonte- Globo.com)