Lições da Bíblia: Bíblia e felicidade - IASD Central de Campinas

Lições da Bíblia: Bíblia e felicidade

Eu estou feliz! Hoje recebi um e-mail de minha noiva, mostrando-me o modelo de nosso convite de casamento. Amigos, depois de quase quatro anos pude ver o nosso sonho tomar forma concreta (“virtualmente concreta”). Deus tem operado de maneira fantástica em nossa vida. Sentimos uma enorme alegria, pois ficaremos definitivamente juntos. Eliza mora na cidade de Guayaquil, Equador. Eu moro em Jacareí, São Paulo. Separam-nos alguns milhares de quilômetros.Além dessa bênção, desfruto de boa saúde, bom emprego, amigos e pais amorosos. Sem dúvida, tudo isso me alegra muito e comunica vida à minha alma, mas não traz em si a verdadeira felicidade.Certas vezes, meu coração aperta e sinto-me aflito, ainda que sem motivo aparente, pois tenho “tudo”. Lembro-me então das palavras de Cristo: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em Mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo” (João 16:33). Jesus tinha razão.Através de minhas experiências, conclui que a verdadeira felicidade não é apenas um estado de espírito, mas a sensação constante da presença de Deus, por meio de Seu Espírito e em nome de Jesus. A felicidade para mim é uma pessoa: Jesus Cristo. Por meio dEle, temos paz nesta vida e a certeza da imortalidade quando Ele retornar “com poder e muita glória” (Mateus 24:30). Amor maior não existiu e jamais existirá, pois “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). Se eu contemplo a vida e o caráter de Cristo, e tudo o que Ele fez e faz por mim, não “consigo” ser infeliz, nem que eu queira. Pode fazer sol ou chuva, estar bem empregado ou desempregado, doente ou saudável, com a conta do banco em azul ou em vermelho; esses são fatores externos. Se minha alegria se baseia, simplesmente, na vitória de meu time ou no clima, na abundância e nos momentos festivos, então posso me considerar infeliz, pois minha vida não depende de mim, mas dos outros e de coisas que não estão ao meu alcance.Agora, se contemplo a Jesus, o grande Comandante, e entrego a minha vida nas mãos dEle, não importará a volatilidade da bolsa de valores. “Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira” (Salmo 40:4). Jesus nos ensina: “Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações. Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas” (Lucas 12:30). “Provai e vede”, conclama o Senhor!A Bíblia ensina que a verdadeira felicidade é algo diferente daquela que aprendemos. Não que ficar feliz com determinadas situações – ou em ganhar um presente – é errado, de forma alguma! Entretanto, a Palavra de Deus aconselha a não colocar todas as esperanças nisso. “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).Agora, a “pergunta do milhão” é “Como encontrar a verdadeira felicidade?” Vou responder à luz de um material do pastor Ramildo Bezerra, disponível na apostila “Comunhão e Santidade – Primeira Jornada Espiritual, 41 Dias com Deus”, da Igreja Adventista do Sétimo Dia.O primeiro passo é exercitar a fé em Jesus. “Temos de crer que fomos escolhidos por Deus para ser salvos pelo exercício da fé, mediante a graça de Cristo e a operação do Espírito Santo; e cumpre-nos louvar e glorificar a Deus por tão maravilhosa manifestação de Seu imerecido favor… Nosso Pai declara: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo” (Jeremias 31:33).O Segundo passo é buscar a Deus na primeira hora do dia. Este exemplo nos deixou Cristo: “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava” (Marcos 1:35). Assim como a primeira refeição é a mais importante para o corpo, desfrutar das primeiras horas com o Pai também o é para o espírito.“Depois de passar horas com Deus, apresentava-Se manhã após manhã para comunicar aos homens a luz do Céu. Cotidianamente recebia novo batismo do Espírito Santo. Nas primeiras horas do novo dia o Senhor O despertava de Seu repouso, e Sua alma e lábios eram ungidos de graça para que a pudesse transmitir a outros. As palavras Lhe eram dadas diretamente das cortes celestes, palavras que pudesse falar oportunamente aos cansados e oprimidos. ‘O Senhor Jeová’, disse, ‘Me deu uma língua erudita, para que Eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado: Ele desperta-Me todas as manhãs, desperta-Me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem.’ Isa. 50:4” (Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 139). E a terceira dica que dou é andar com Deus durante todo o dia. Martinho Lutero mudou o mundo de sua época, não por acaso: “Do local secreto da oração proveio o poder que abalou o mundo na grande Reforma. Ali, com santa calma, os servos do Senhor colocaram os pés sobre a rocha de Suas promessas. Durante a luta em Augsburgo, Lutero ‘não passou um dia sem dedicar três horas pelo menos à oração, e eram horas escolhidas dentre as mais favoráveis ao estudo’. Na intimidade de sua recâmara era ele ouvido a derramar sua alma perante Deus em palavras ‘cheias de adoração, temor e esperança, como quando alguém fala a um amigo’. ‘Eu sei que Tu és nosso Pai e nosso Deus’, dizia ele, ‘e que dispersarás os perseguidores de Teus filhos; pois Tu mesmo corres perigo conosco. Toda esta causa é Tua, e é unicamente constrangidos por Ti que lançamos mãos à mesma. Defende-nos, pois, ó Pai!’ – D’Aubigné” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 210).Outro grande exemplo de comunhão com Deus é Enoque. Ele andou 300 anos com Deus. Foi tamanha a sua comunhão, que Deus o levou para o Céu. “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (Gênesis 5:24).“De Enoque está escrito que ele viveu sessenta e cinco anos, e gerou um filho. Depois disso andou com Deus trezentos anos. Durante aqueles primeiros anos, Enoque amara e temera a Deus, e guardara os Seus mandamentos. Fora um dos da linhagem santa, dos preservadores da verdadeira fé, pais da semente prometida. Dos lábios de Adão aprendera ele a triste narrativa da queda, e a história animadora da graça de Deus, conforme se vê na promessa; e confiou no Redentor vindouro. Mas depois do nascimento de seu primeiro filho, Enoque alcançou uma experiência mais elevada; foi levado a uma relação mais íntima com Deus. Compreendeu mais amplamente suas obrigações e responsabilidade como filho de Deus. E, quando viu o amor do filho para com o pai, sua confiança singela em sua proteção; quando sentiu a ternura profunda e compassiva de seu próprio coração por aquele filho primogênito, aprendeu uma lição preciosa do maravilhoso amor de Deus para com os homens no dom de Seu Filho, e a confiança que os filhos de Deus podem depositar em seu Pai celestial. O infinito, insondável amor de Deus, mediante Cristo, tornou-se o assunto de suas meditações dia e noite; e com todo o fervor de sua alma procurou revelar aquele amor ao povo entre o qual vivia” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 84).Amigos, a verdadeira felicidade só Deus pode dar. Portanto, “entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará” (Salmo 37:5).

(Márcio Basso Gomes, jornalista do Sistema Adventista de Comunicação)
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