Lições da Bíblia: Abraão e Sara - IASD Central de Campinas

Lições da Bíblia: Abraão e Sara


“Eis-me aqui.” A frase foi citada três vezes por Abraão, no capítulo 22 do livro de Gênesis. O capítulo é um dos mais importantes no que diz respeito à fé. Os primeiros 19 versículos revelam a confiança que um homem, tão mortal como você e eu, teve num Deus imortal. Após anos esperando o filho da promessa – Isaque – Deus o pede em sacrifício a Abraão. O patricarca não nega o único filho.“Abraão é um personagem destacado na Bíblia. Quase 10 por cento do Gênesis são dedicados à sua vida. Com ele começa o conceito de um chamado, uma aliança, a escolha que define o povo de Deus. Ele é chamado o pai dos fiéis (veja Rm 4:11; Gl 3:7) e amigo de Deus (veja 2Cr 20:7; Tg 2:23). A fé exercida por Sara também chama a atenção (veja Hb 11:11)” (Lição da Escola Sabatina, 3 trimestre de 2007, p. 23).Considerando a advertência do próprio Deus, registrada em Levítico 18:21 – “E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor” – a petição feita a Abraão – de sacrificar seu filho – era uma aberração aos olhos humanos.”Pôs Deus Abraão à prova” (Gn 22:1). Com 120 anos, Abraão enfrentou uma última prova. Deus chamou o patriarca a oferecer Isaque como sacrifício. Que tipo de Deus é esse? Um sádico? Um ser contraditório que ordena uma coisa e exige outra? Uma hora, Ele proíbe o assassinato e, em outra, requer isso como sacrifício? Ou Abraão estava passando por uma alucinação da velhice? Esses eram os murmúrios que Satanás devia estar bombardeando sobre Abraão na noite anterior à jornada para Moriá. Mas a fé genuína é feita de material mais resistente. Não questiona o caráter de Deus; essa é uma obra de Satanás, não do crente. Abraão pôs Isaque sobre o altar. Os pais não falharam em seu dever: preparar Isaque para ser um filho de fé” (Liçao da Escola Sabatina, 3 trimestre de 2007, p. 25).Quando lemos o relato de Gênesis 22, não é difícil entender por que Abraão é considerado um referencial de fé e obras (Tiago 2:22). Contudo, se analisamos os fatos anteriores a este, percebemos que Abraão e sua esposa Sara passaram momentos muito difìceis em relação à sua fidelidade.Ambos tentaram resolver à sua maneira o “problema” da descendência. Primeiro, Abraão elegeu o servo Eliézer (Gênesis 15:3) para ser seu herdeiro. Em segunda instância, Sara deu sua serva (Gênesis 16:3) a Abraão, para que a promessa de Deus (Gênesis 12:2) fosse cumprida. Sara ainda riu de Deus (Gênesis 18:12). Se isso não fosse suficiente para “descredibilizar” Abraão, bem como sua esposa, como pessoas de fé, consta também que era costume do patriarca mentir que sua esposa era sua irmã: “Esta não foi a primeira ocasião em que Abraão tentou passar Sara como sua irmã. Quase parece ter sido sua prática habitual, mas o Egito não foi o único lugar em que o artifício trouxe dificuldade. Anos de sucesso em utilizar o mesmo engano, desde aquela amarga experiência com Faraó, fizeram Abraão esquecer sua lição de estrita retidão” (Seventh-Day Adventist Bible Commentary, v. 1, p. 341). A conclusão a que chego é que Abraão e Sara formavam um casal como qualquer outro. Eram falhos, imperfeitos e dependentes de Deus. A diferença é que apesar de seus caracteres confiavam em Jesus. Abraão “considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo [Isaque] dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou (Heb. 11:19).E a esperança de Abraão, de ver a ressurreição dos mortos em Cristo, é a bendita esperança de todos os que amam a Deus.Exatamente às 10h45 da terça-feira, dia 10, poucos instantes antes de meu casamento no cartório, na cidade de Guayaquil, Equador, recebemos uma trágica notícia: Briam, de 13 anos, o primo da que agora é minha esposa, havia acabado de falecer. Por meses o garoto lutou contra um tumor no cérebro. Nos conforta saber que dias antes de morrer, Briam conversou com Jesus e expressou-Lhe sua e dor. Assim como Abraão, Briam tornou-se amigo de Jesus e teve a certeza da vida eterna em Cristo, que é a própria “ressurreição e a vida” (João 11:25). Ambos “que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (Hebreus 11:39, 40).Feliz Sábado!(Márcio Basso Gomes, jornalista do Sistema Adventista de Comunicação)

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