A Bíblia usa constantemente o recurso metalingüístico para provar sua confiabilidade. Metalingüística “é a função que ocorre quando o destaque é dado ao código”. Exemplo: Quando o poeta reflete sobre a criação poética ou quando um cineasta cria um filme tematizando o próprio cinema.

Jesus, o Centro da Bíblia, Se valia desta técnica: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas mesmas que testificam de Mim” (João 5:39). Interessante notar que ao falar das Escrituras, Cristo bem como os demais profetas de Sua época, se referiam ao Antigo Testamento, pois nessa época o que conhecemos como Novo Testamento ainda não havia sido escrito.

Contudo, utilizar a Bíblia para comprovar ela mesma é algo sem valor para aqueles que têm alguma dúvida sobre sua veracidade. Vamos então verificar o cumprimento de apenas um sinal da profecia mais aguardada de todos os tempos, a volta de Jesus, mencionada cerca de 2.500 vezes na Bíblia.

Em Seu sermão profético relatado em Mateus 24, Cristo nos alerta dos acontecimentos prévios à Sua volta. No versículo 7 uma palavra me chama atenção: “fomes”. Jesus nos revela: “haverá fomes”. Eu não me lembro de haver escutado ou lido em nenhum outro lugar o plural da palavra fome. E você, caro leitor? (Digo “caro” porque a sua vida foi comprada por valor inestimável: o precioso sangue de nosso Mestre.)

Apenas uma evidência do cumprimento dessa profecia é o que acontece diariamente em nosso país. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, mais de 42 milhões de brasileiros (sobre)vivem com 121 reais mensais e 50 milhões com 2,67 reais diários. Tente você, leitor deste blog, viver com essa cifra, o que somando chega a 80 reais por mês.

Mas, para aqueles que ainda não crêem, vamos juntos dar um passo “arqueológico”. É conhecido que “no início de 1947, o mundo foi informado sobre o que foi considerado “a maior descoberta arqueológica do século”. Em cavernas próximas ao Mar Morto, foram descobertos jarros antigos contendo os agora famosos Rolos do Mar Morto, muitos deles datados de aproximadamente 150 a.C. a 70 d.C., o que significa que esses textos bíblicos eram mais de mil anos mais velhos que muitos dos outros textos conhecidos” (Lição da Escola Sabatina, 2º Trimestre, p. 44).

Superinteressante, diriam alguns, é que “o achado incluía a cópia manuscrita mais antiga conhecida do livro completo de Isaías e fragmentos de quase todos os livros do Antigo Testamento. Também foram achados, em uma cópia esfarrapada, os livros de Samuel, juntamente com dois capítulos completos de Habacuque” (Ibidem, p. 44).

Agora vamos ver o que os estudiosos Norman Geisler e William Nix dizem quanto ao grau de confiança que se pode ter nos livros do Novo Testamento: “O Novo Testamento não só sobreviveu em mais manuscritos que qualquer outro livro da antiguidade, mas sobreviveu de forma mais pura que qualquer outro grande livro – uma forma que é 99,5 por cento pura” (Lee Strobel, The Case for Christ, p. 65).

Entretanto, a maior prova de que a Bíblia é confiável é o cumprimento das palavras de 1 João 4:18 em sua vida: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.”

O medo, o temor, a tensão, o nervosismo, a dúvida, são palavras da moda. Entretanto, se amamos a Cristo, “por meio de quem temos confiança em Deus” (2Cr 3:4), sentimos a paz que Ele, só Ele, pode nos dar. Se você aceitou a Cristo e por amor a Ele guarda os Seus mandamentos (1Jo 5:3 e 4), sente essa paz. Contudo, se ainda não provou tal estado de espírito, tente e verá o quanto a Bíblia é confiável, não por razões arqueológicas, tampouco científicas, mas pelo benefício que provocará na minha e na sua vida!

“Provai e vede”, diz o Senhor!

(Márcio Basso Gomes, jornalista do Sistema Adventista de Comunicação)
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