“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5:5)

A principal verdade aprendida nesta semana é que ninguém está acima da dor e sofrimento que invadiu o nosso planeta. Ainda que não experimentemos fome, sede ou sofrimentos físicos, ocasiões haverá para todos como provas da fé e do domínio da esperança. Talvez esses momentos venham através de situações inesperadas de perda do cônjuge, de filhos, ou de amigos mui queridos. Mas em todos esses acontecimentos, somos chamados a confiar em Deus como Pai bondoso e a confiar em Seu plano redentor, cujo clímax deve alimentar diariamente nossa esperança de um mundo sem dor.

Como Habacuque, é indispensável orar com os olhos voltados para o final glorioso para poder dizer: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide…todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hab. 3:17 e 18). Creio na sabedoria do que Philip Yancey escreveu em Onde Deus está quando chega a dor?: “Para entender adequadamente o papel da dor e do sofrimento, é preciso esperar que a história chegue ao fim”. (p. 231).

Jó nos ensina que confiar em Deus é o mesmo que descansar em Sua grandeza como Criador. Desejar explicações de todos as razões do sofrimento é falta de humildade diante da certeza da grandiosa bondade do Criador. É ignorância no pleno sentido do termo. Quando Deus parece distante de nós durante os dias de dor, Isaías lembra-nos que Ele está tão perto como disposto a tomar-nos pela mão e fortalecer-nos com Sua dextra fiel. O resto é um passo de fé que depende de nós. Jeremias observa que os planos de Deus estão fundamentados em pensamentos de paz profeticamente anunciados para os Seus fiéis. Mesmo exilados de nossa zona de conforto, Ele está com Seus filhos e promete um final feliz. A fé, evocada por Paulo em Hebreus 12, é a base da esperança de um lar eterno, pois “as aflições logo desaparecerão, mas as alegrias futuras durarão eternamente”. (II Cor. 4:18 – Biblia Viva).
Comentário por Pr. José Miranda Rocha