Deus estabeleceu o sábado como memorial da Criação (Gn 2:1-3; Êx 20:8-11). Como esse dia especial foi criado antes do pecado e, portanto, antes que houvesse cansaço, entende-se que o descanso sabático tinha um significado, sobretudo, espiritual. Era uma pausa para adoração especial. Um dia de comunhão mais íntima com Deus – tão especial, que tudo o mais que podia ficar para outro dia era deixado para depois.
Há cem anos, Ellen White escreveu: “O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr do sol, ponde de parte todo trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 20-22).
Em tempos de internet, é fácil passar por alto a recomendação de fazer desaparecer os “jornais profanos”. Mas o princípio permanece: guarde sua mente livre das notícias, das informações e das distrações, e mantenha o foco nas coisas de Deus. Ao checar a caixa de e-mails nas horas do sábado, lá poderão estar aquelas mensagens e propagandas nos convidando a abri-las. Verificando as novidades no Twitter, se formos seguidores de sites noticiosos, poderemos esbarrar em notícias que certamente “clamarão” para ser lidas. MSN, Facebook e Orkut podem representar o mesmo risco de perda do foco, caso a navegação e as conversas nessas redes e ferramentas conduzam para temas seculares, sem relação com a espiritualidade.
Assim, é preciso ser muito criterioso quando se navega na internet em dia de sábado, do contrário, podemos acabar com o clima gostoso planejado por Deus para Seu dia santo – clima esse que refrigera a alma e nos fortalece para enfrentar os desafios da semana seguinte, deixando claro que, na condição de criaturas, dependemos de nosso Deus para viver uma vida plena.
Michelson Borges