Hoje, vamos falar da Bíblia Sagrada, não para dizer que precisamos lê-la ou estudá-la, mas para alertar de uma grande tragédia de nossos dias que é a falta de apreço pela Palavra de Deus. Isso está ligado a um erro dos cristãos modernos, que consiste em minimizar a Bíblia, considerando-a apenas uma boa palavra, cheia de bons conselhos, mas não a autoridade absoluta.
Com isso, seu conteúdo é nivelado a outros escritos ou ensinos de homens considerados sábios, como Buda e Confúcio, reconhecidos por seus bons conceitos, mas cuja autoridade não é divina.
Vejamos só um exemplo para esclarecer. Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros.” Sem dúvida, é um bom conselho, não é verdade? Mas não apenas isso, é um preceito que requer obediência sem questionamento: exige de todos amor fraternal. Está nos dizendo para não cultivarmos ressentimentos. A obediência a essa ordem de Cristo implica reparação de erros, arrependimento, confissão, reconciliação e fortalecimento dos relacionamentos.
É um preceito que não admite respostas negativas. É possível que esse mandamento exija uma reviravolta em algumas igrejas ou comunidades em que existem divisões, facções e mal-estar. Enquanto considerarmos esse mandamento do Senhor apenas como um bom conselho, nada vai acontecer. Deve ser encarado como uma ordem que exige ação. Podemos até ignorar um bom conselho, mas ignorar uma ordem é diferente.
Um evangelista escreveu a um amigo seu acerca de um reavivamento espiritual que estava acontecendo em sua cidade. Ele disse: “Estamos experimentando um grande ‘reabibliamento’.” Não sei se existe essa palavra no dicionário, acho que não, mas creio que entendemos bem o que ela quer dizer. Será que nossa igreja, nosso lar, eu e você, individualmente, não estamos necessitando de um “reabibliamento”?
A Bíblia, a Palavra de Deus, deve ser obedecida porque é a verdade absoluta, e não simplesmente por ser uma boa palavra com bons conselhos.
REFLEXÃO: “Do preceito de Seus lábios nunca me apartei e as palavras da Sua boca prezei mais do que o meu alimento” (Jó 23:12, ARC).