Filho, está vendo esses pratos de parede? Você pode acertar a bolinha neles e quebrá-los e, se isso acontecer, você vai ter uma conversa com seu pai quando ele voltar do trabalho.
Dito e feito, o “grande goleiro” que pegava todas as bolinhas ficou olhando o prato de parede cair e se quebrar no chão. Juntei os cacos, limpei o chão e corri para o quarto. Minha cabeça fervilhava, a barriga gelava, as pernas tremiam… Que desculpa iria dar? Cada minuto me fez refletir sobre a escolha que havia feito.
De repente ouvi um barulho no portão, era papai. Ao perceber que ele entrava em casa peguei uma cinta, compreendi que não adiantava esconder o fato, precisava assumir as conseqüências da minha escolha. Saí ao seu encontro, mostrando a parede onde ficava o prato (ele nem sabia da tragédia, mas rapidamente entendeu), entregando-lhe a cinta disse aos prantos que merecia apanhar.
Sua mão tocou-me o ombro, mirou os meus olhos e disse: “Filho, creio que tudo o que aconteceu serviu de lição, portanto, eu o perdôo!” Jamais vou esquecer esse perdão.
Quantas vezes brincamos com o pecado. Recebemos algumas advertências, recados do risco que corremos.Porém, chega o dia que vemos nossa vida em cacos e não sabemos o que fazer. Surge em nosso coração um desejo de algo que não possuímos e percebemos que nada nesse mundo pode nos saciar ou resolver o problema. É nesse momento que devemos reconhecer que esse desejo é a voz de Deus falando ao coração, e o clamor de nossa alma deve ser o de pedir que Ele coloque dentro de nós o verdadeiro arrependimento.
“Se confessarmos os nosso pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I São João 1:9
Pr. Jefferson Castilho – MPV