Chegam mais notícias, neste domingo, dia 28, sobre a situação dos adventistas no Chile. O Colégio Adventista de Santiago Norte, com quase 700 alunos, sofreu danos estruturais severos e o estabelecimento ficou em uma situação vulnerável, porque todo o equipamento ficou exposto na rua. Um muro divisório de 60 metros caiu e destruiu dez veículos.
Na cidade de Concepción, o colégio adventista perdeu o ginásio que ficou no chão e, em Temuco, o ginásio do colégio adventista local também sofreu avarias. Já em Los Ángeles, o único internato chileno adventista ficou sem o reservatório de água que abastecia o estabelecimento e a comunidade. Em Dichato, no balneário de Constitución, o mar arrasou com as casas que ficavam até um quilômetro do mar e há informações de membros adventistas que perderam tudo. A cidade, neste domingo, ainda está sem comunicação e a região recebeu 110 réplicas, ou seja, abalos decorrentes do primeiro. A população já começou os saques dos supermercados procurando água e alimentos e pelo menos 80% da cidade está destruída. Em Concepción, o mar avançou 500 metros dentro da cidade levando casas e carros e quarteirões completos desapareceram. “Há informações de que uma irmã adventista está desaparecida, assim como várias outras pessoas”, comenta o pastor Magdiel Pérez, responsável pela secretaria da Divisão Sul-Americana e que já viajou para as regiões afetadas.
Dados do Serviço Geologico dos EUA descrevem o terremoto do Chile em comparação com a energia liberada de 56 mil milhões de quilos de explosivos ou 100 mil vezes a energia liberada pela bomba atômica de Hiroshima. Comparando com o terremoto de Haiti, a diferença de 7.0 para 8.8 significa que o terremoto do Chile foi 31 vezes superior e liberou 178 vezes mais energia. O governo chileno já fala em mais de 350 mortos neste que foi o pior terremoto nos últimos 25 anos no país.
Até mesmo cidades turísticas sofreram com o terremoto. Em Cobquecura, cidade que fica a cerca de 60 quilômetros do epicentro do terremoto, há 95% das casas no chão e a congregação adventista existente lá está reunida na casa de um membro adventista. Já na Ilha de Robinson Crusoé, que está a 700 quilômetros do continente, muitas pessoas perderam todo o que tinham.
Por Felipe Lemos