Assim como eu, imagino que você também não tenha sido convidado para o casamento do príncipe William Arthur Philip Louis e Catherine Middleton, na Abadia de Westminster, em Londres, hoje pela manhã. Aliás, quem convidar é um dos grandes dramas de quem vai casar. Nem sempre dá para convidar todo mundo. Rosemara e eu vamos para as bodas de prata em dezembro (meus cabelos já estão quase todos prateados…). Porém, lembro bem da lista de convidados e como foi difícil montá-la. Foram mais de 300. Cidade pequena, muitos parentes e, infelizmente, sempre alguém acaba sendo esquecido.
A Bíblia tem muitos relatos de casamento. De noiva “empacotada” – que é recebida com alegria na noite de núpcias e, na luz do dia, não era exatamente aquela prometida e acertada com o sogro – até convidados despreparados que acabam ficando de fora da festa.
Uma das parábolas de Jesus que me chama muito a atenção é a de um casamento real. Só o “jornalista” Mateus registrou, no capítulo 22. O casamento era do príncipe herdeiro.
Curiosamente, os convidados não quiseram ir. O rei tenta trazê-los com um segundo convite. Também não deu certo. “Eles, porém, não se importaram [com o convite] e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e os mataram” (versos 5 e 6). A indignação do rei foi grande! Os assassinos foram mortos e a cidade deles destruída. Está evidenciada aí a recusa dos judeus, da época, ao evangelho de Jesus.
O rei, porém, insiste no casamento e na festa do príncipe. O convite é franqueado a todos, de qualquer lugar ou situação social, econômica, racial ou espiritual. Agora, sim, dá resultado!” A casa do banquete fica repleta de convidados” (verso 10).
Como era tradição da época, os ricos ofereciam, além do convite, as vestes para as bodas. “Com que roupa eu vou?” não era a preocupação das mulheres. Nem dos homens. Havia um padrão oficial. Todos os exageros eram, dessa forma, contornados.
Porém, no meio da festa o rei encontra uma “nota destoante”. Um convidado não está com a veste nupcial. A ofensa é grande e, por causa disso, é expulso da confraternização. Só esse detalhe e seu significado exigiriam uma postagem específica sobre a justiça de Cristo – a única “veste” que pode garantir nossa presença e convivência diante do Rei.
Quero, porém, sublinhar aqui o detalhe factual mais importante: o convite é extensivo a todos. Livre acesso. Sangue azul ou não. Ninguém precisa ficar fora do casamento do Príncipe Emanuel. Você e eu fomos convidados. Inclusive com direito à magnífica vestimenta que nenhum estilista humano pode criar ou imitar. É aceitar e vestir.
O casamento do príncipe está marcado. O convite também. “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem!” (Apocalipse 22:17). Vamos lá, então? (Amilton Menezes)