Querem destruir o casamento - IASD Central de Campinas

Querem destruir o casamento


A matéria de capa da revista Galileu deste mês chama atenção para uma onda que vem ganhando força: a dos que usam a ciência para tentar justificar a poligamia. A psicanalista e sexóloga Regina Navarro e seu livro A Cama na Varanda são citados no texto. No capítulo “O futuro que se anuncia”, ela defende que o individualismo típico do século 21 irá levar ao fim o amor romântico, que é aquele que, segundo a autora da matéria, “carrega a idéia de exclusividade, de fusão do casal, de alma gêmea e de que um só deve ter olhos para o outro. Será? E o que virá no lugar dele?”

Entre os exemplos de relacionamentos que poderão “vingar” no futuro, segundo a especialista, está o poliamor. O termo é uma tradução livre para a língua portuguesa do neologismo inglês “polyamory”, que significa “muitos amores” e descreve relações amorosas que recusam a monogamia como princípio ou necessidade. O poliamor defende a possibilidade prática e sustentável de se envolver em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente.

Segundo Galileu, o movimento existe de modo organizado nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido há cerca de 20 anos, mas começou a conquistar mais visibilidade e adeptos – inclusive no Brasil, onde ganhou uma comunidade no Orkut com mais de 600 participantes – mais recentemente. Em 2005 realizou-se a primeira Conferência Internacional sobre Poliamor em Hamburgo, na Alemanha. O termo ganhou um verbete na Wikipédia e tem mais de 700 citações no Google em português e mais de 800 mil em diversos idiomas. Sites oferecem desde dicas para a relação entre poliamantes até músicas, ensaios, artigos, filmes e literatura de ficção sobre o assunto. Existe até uma organização sem fins lucrativos que promove e apóia os interesses de indivíduos com relacionamentos ou famílias múltiplas, a Polyamory Society.

Nota: Parece não haver limites para o distanciamento humano dos planos originais de Deus. O Criador estabeleceu a monogamia como padrão para o relacionamento homem-mulher. Em Gênesis, encontramos a seqüência idealizada por Deus: (1) o homem e a mulher deixam pai e mãe (casamento) e (2) tornam-se os dois uma só carne. Qualquer indivíduo que se insira intimamente no âmago dessa relação acarreta problemas. Basta ver o rastro de tristeza e destruição deixado por aqueles que praticaram a poligamia e cuja história está relatada nas páginas das Escrituras. Pesquisas têm demonstrado que relacionamentos sexuais desprovidos de amor e compromisso geram baixa auto-estima e depressão (especialmente nas mulheres), numa evidência de que, ao contrário do que ensinam alguns darwinistas, não fomos feitos para apenas propagar nossa bagagem genética. Fomos criados para amar e ser amados. E é no contexto do casamento, do (único) sexo seguro e comprometido, que o amor e a satisfação se manifestam plenamente (se o sexo pelo sexo fosse tão bom assim, num dos países em que mais se faz sexo, como o nosso, não haveria tanta gente insatisfeita com sua vida sexual [mais de 40%, segundo pesquisa recente]).

Finalmente, é interessante (e triste) notar como o darwinismo está cada vez mais sendo usado (consciente ou insconscientemente) pelos seus defensores contra as duas instituições originadas por Deus lá no Éden: o casamento monogâmico e o sábado, como memorial da Criação.
(Michelson Borges)

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